O Banco Mundial anunciou uma parceria estratégica de cinco anos com Moçambique, com foco em turismo, energia, agricultura, qualificação de jovens e apoio ao sector privado, revelou o presidente da instituição, Ajay Banga, durante a sua visita oficial ao país. A informação foi avançada pela Lusa e citada pelo jornal O País.

Banga destacou a necessidade urgente de estabilizar as contas macrofiscais, alertando que “sem estabilidade não há como atrair investimento privado”. O líder do Banco Mundial apontou a juventude moçambicana como o principal “dividendo” do país, defendendo a criação de empregos qualificados para evitar fenómenos como migração irregular e instabilidade social.

Durante a visita de dois dias, Banga reuniu-se com o Presidente da República, Daniel Chapo, e visitou a empresa Nacional, em Maputo, elogiando o “efeito multiplicador” do sector privado no emprego, especialmente através das pequenas e médias empresas.

No campo energético, o presidente do Banco Mundial considerou que Moçambique tem potencial para se afirmar como exportador regional de energia, graças aos recursos solares, hidroeléctricos e de gás. No turismo, apontou o país como “abençoado” com praias, vida selvagem e capacidade para atrair turismo de negócios, conferências e casamentos, defendendo o desenvolvimento de um plano turístico de elevado valor.

Banga reconheceu que grandes projectos como barragens são complexos e exigem tempo, mas sublinhou que o Banco Mundial pretende acelerar o apoio a pequenos empreendedores e iniciativas de impacto rápido, integrando essas prioridades no novo quadro de parceria nacional, que será implementado ao longo dos próximos cinco anos.