Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os preços de bens e serviços aumentaram 4,15% em Junho, com maior incidência nos sectores da alimentação, refeições e bebidas, vestuário e calçado. Após um mês de relativa estabilidade em Maio, o mercado voltou a evidenciar pressões inflacionárias significativas.

A subida mensal foi fortemente impulsionada pelos produtos alimentares, cujo preço disparou 9,38%, seguida das refeições e bebidas (8,65%) e do vestuário e calçado, que registaram uma alta de 2,30%.

“Com estes e outros aumentos, a vida ficou manifestamente mais cara em Junho, sobretudo nas cidades de Tete, Xai-Xai e Inhambane, que lideram os aumentos regionais”, escreve o jornal O País, citando os dados oficiais do INE.

A cidade de Tete destacou-se como a mais afectada, com uma subida de preços de 6,31%, seguida por Xai-Xai (5,67%) e a província de Inhambane (5,53%). A análise acumulada do primeiro semestre mostra que todas as regiões registaram aumentos, sendo Tete novamente líder com 3% de inflação acumulada, seguida de Inhambane e Xai-Xai.

O Executivo moçambicano prevê uma inflação anual de cerca de 7% para 2025, meta alinhada com os objectivos do Banco de Moçambique de manter a inflação abaixo de dois dígitos. Contudo, os aumentos verificados em Junho lançam novos desafios para a política monetária e de contenção do custo de vida, especialmente num cenário de fragilidade cambial e volatilidade nos mercados internacionais.