Parque de Maputo é agora Património Mundial

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O Parque Nacional de Maputo passou oficialmente a integrar a Lista do Património Mundial da Humanidade, distinção atribuída pela UNESCO no passado domingo, 13 de Julho, durante a 47.ª sessão do comité da organização, que decorre em Paris. A decisão reconhece os valores naturais excepcionais e a importância ecológica global desta área protegida moçambicana.

Contíguo ao parque transfronteiriço iSimangaliso, na África do Sul — já classificado como Património Mundial —, o Parque Nacional de Maputo reforça o estatuto da região como corredor ecológico estratégico e modelo de conservação partilhada. Esta classificação eleva também o perfil internacional de Moçambique na agenda ambiental e turística global.

A designação pela UNESCO não só confirma o valor ecológico do território, mas representa também uma oportunidade concreta de atrair investimentos sustentáveis, fomentar o ecoturismo e captar apoios internacionais para programas de conservação e desenvolvimento comunitário.

Criado inicialmente como área de caça em 1932, o parque foi posteriormente convertido na Reserva Especial de Maputo em 1969, e evoluiu até à sua actual configuração como Parque Nacional. Hoje abriga cerca de 5 mil espécies, distribuídas por ecossistemas terrestres, marinhos e costeiros, que incluem mangais, dunas, praias, lagoas, zonas húmidas e recifes de coral.

“Esta distinção reconhece décadas de esforço nacional na preservação da biodiversidade, em articulação com parceiros internacionais, e posiciona o país como referência em conservação ambiental no continente africano”, refere uma nota do Ministério da Terra e Ambiente.

A lista da UNESCO privilegia locais com valor universal excepcional, sendo esta classificação um selo de qualidade com impacto directo na atracção de turistas de alto valor e na mobilização de fundos internacionais para infra-estruturas verdes, formação local e ciência aplicada.

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