Nova gestão da LAM anuncia faturação de 40 milhões de dólares em quatro meses

As vendas da estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) alcançaram mais de 40 milhões de dólares entre Maio e Agosto, com a nova gestão da companhia. O aumento “resulta de melhorias na consistência dos voos e um ligeiro aumento dos lugares oferecidos”, avança-se na informação divulgada hoje pela empresa, referindo-se aos resultados imediatos dos últimos quatro meses, no âmbito da reestruturação da companhia moçambicana.

No documento, a companhia indica que a média das vendas desde o início do ano até Maio manteve-se na ordem de nove milhões de dólares, iniciando uma ligeira subida no mês seguinte até alcançar pouco mais de 11 milhões de dólares em Agosto, totalizando pouco mais de 40 milhões de dólares nos últimos quatro meses.

No mesmo documento indica-se que estas vendas são resultado da aquisição de uma nova aeronave, maior controlo sobre emissão de bilhetes e receitas geradas, controlo de vendas a crédito e maior rigor na cobrança de dívidas e centralização do processo de compra de bens e serviços.

Houve ainda “reforço do papel da auditoria interna para melhorias de controlos internos, amortização e planos de pagamentos para amortização de dívidas com fornecedores críticos de equipamentos aeronáuticos”, incluindo pagamento da dívida à organização internacional IATA.

Em conferência de imprensa, hoje, em Maputo, o Presidente do Conselho de Administração da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), que integra a nova estrutura acionista, disse que a LAM está a conseguir resultados financeiros que lhe permitem cobrir as suas operações, incluindo liquidar dívidas com fornecedores.

“Hoje há muitas entidades interessadas em alugar aviões da LAM, no passado era impossível, bastava ouvir falar da LAM, as pessoas batiam a porta e viravam-nos as costas, mas hoje percebem que conseguimos pagar”,disse Agostinho Langa.

A LAM avançou com a centralização do sistema integrado de gestão da empresa em substituição dos anteriores 11, o que permitiu racionalizar os recursos sobretudo na aquisição de bens e serviços, conforme informação partilhada hoje.

Em Maio passado, foi aprovada a nomeação de um conselho de administração não executivo, composto por representantes das três empresas estatais que este ano passaram a ser acionistas da LAM, Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (Emose).

Para minimizar os recorrentes problemas com cancelamento de voos, a LAM vai comprar até cinco aviões Boeing 737-700, num processo conduzido pela Knighthood Global, consultora contratada pelos novos acionistas para assessorar a reestruturação da companhia.

Nas mesmas declarações aos jornalistas, o presidente dos CFM adiantou que estes novos cinco aviões vão ser adquiridos até à primeira quinzena de dezembro, com estudos de viabilidade em andamento para abertura de novas rotas.

Fonte: Lusa Moçambique

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